Falha-me crassamente a encrespada memória
à passagem curvilínea de conjectura tão rectilínia.
É tal a emboscada que fico colérico de burrice.
Achar eu em Sintra a iluminação artífice.
Sempre a mesma espertinha esparrela.
Zomba de mim, Senhora de beleza donzela,
ao fazer-me crer, e conseguir, que inspira!
Carnalmente lá, o que há me tira.
Era intuito deitar a cabeça no travesseiro,
fazer-se luz dentro, noite ou dia!
Sequer pouco, sequer nada, nele inteiro.
A iluminação surge na presença perfídia.
Só na minha casa em Sintra sem o ser,
com os olhos cerrados, acima do travesseiro
de Sintra que não é, se torna ideável o conceber.
sábado, 24 de maio de 2008
Sintra
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário