segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Liberdade... Utopia real

A Liberdade total é uma utopia senão, caminharíamos a largos passos para uma Anarquia caótica.
A liberdade está pura e simplesmente implícita nas nossas decisões pessoais, por isso,
Nunca deixem que decidam por vós, se há coisa mais obtusa na personalidade de um indivíduo é ser um acérrimo seguidor dos outros; dizer sim ou não só porque alguém disse e, é mais inteligente do que nós.
A inteligência está bem patente num homem que sabe decidir por si, o que, não quer dizer que faça ouvidos moucos ao resto mundo, tem é que saber gerir uniformemente as informações, estudá-las e, só depois de alguma reflexão, tomar então uma decisão acertada, pelo menos, no seu ponto de vista!
A Liberdade tem ínfimos pontos que podíamos focar mas, é sem dúvida dificílimo referenciar todos os aspectos.
A célebre frase é deveras verdadeira: - “ A liberdade de um indivíduo acaba quando começa a do outro”; o que hoje em dia tem vindo a depreciar-se abruptamente, o respeito por outrem tem vindo a diminuir bastante. Vivemos numa sociedade onde todos querem ser conhecidos não pelos bons feitos mas, porque são maus e os outros tem receio deles (pensam que isso é respeito).
O verdadeiro homem não tem medo, luta por ser livre à sua maneira, não prejudicando os outros mas, ajudando-os e mostrando o lado bom da liberdade para vencer no Mundo; também para que este aposte num desenvolvimento sustentável, para que o usufruto das potencialidades deste planeta sejam totais e não parciais, visando substancialmente os princípios da reciclagem orgânica e energética.
“A Liberdade é o que podemos fazer por ela.” Remontando à Revolução francesa (1789) em que os princípios fundamentais eram a Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Os Homens eram de fibra, defendiam os seus ideais a todo o custo mesmo que para isso tivessem de dar a própria vida.
Actualmente estamos numa “onda” de deixa andar, os outros lutarão por nós não é preciso “mexer uma palha” o tempo tudo dirá…
Estes estados de ataraxia vivendo um carpe diem desregrado fazem desta geração mais uma geração à rasca do que rasca.
Está nas nossas mãos provar o contrário, não esperem pelo tempo porque ele não espera por vocês, ele é o eterno e derradeiro consumidor de almas!

Miguel Gonçalves

sábado, 18 de outubro de 2008

Sonho

No silêncio do meu quarto
abarco o mundo todo lá fora.
Tenho em mim esse todo,
essa enchente de sonhos.
Tudo é real em mim dentro,
tudo existe tão estranho a mim.
O tempo é um distância sem espaço,
nele cabem todos os sonhos.
Como as terras longínquas,
sei que existem,
mas não sei se lá estarei,
um dia...
Tenho sonhos assim,
distantes, remotos,
abruptos, inquietantes.
mas não sei se lá estarei,
um dia...
Mesmo assim sonho.
Mesmo assim as terras longínquas
existem.
Tão longe de mim,
aqui
dentro do meu quarto.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Liberdade

I

Liberdade
era eu querer ir embora
e ir.
Era eu puder ir embora
e ir.
Sem destinos,
sem sonhos,
sem promessas.
Ir,
começar de novo.

II

Gira às voltas
esta vida.
Erros aprendidos,
caminhos novos.
Ah, se eu pudesse!
Ia-me embora
e nas voltas
que dá a vida
não voltava mais.

III

Novo início,
novo começar.
Perder prisões
sentimentais.
Esquecer desilusões
das mentiras fatais.

IV

Sei que lá voltarei,
sei que voltarei
a sentir
o que senti antes,
sei que voltarei a ver-te.
E nesse momento
serei feliz
por não sentir
o que senti antes.
Por não te ver de novo.
Serás outra, serei outro.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Sei

À procura da verdade,
da nova realidade,
percorro caminhos reais
repletos de novo ideais.

Vejo sentimentos
sem revestimentos.
Reduzo eventualidades,
prevejo casualidades.

Os sentimentos da razão,
superlativos ao coração,
guiam a minha vida adiante
com racionalidade diletante.

Sei de onde venho...
sei o que quero...
sei para onde vou...
sei com quem...
sei como...
sei...

domingo, 5 de outubro de 2008

Espera do Tempo...

A vida é um cerco de verdade e mentira,
Onde os sonhos poisam suavemente
Na realidade que ofusca meio dormente,
Nos meus olhos atentos de lince.

A amor crepita tomultuoso na alma!
O sabor da alegria consome o que me acanha,
A felicidade de ambiguidade tamanha,
Traz-me sucintamente uma breve calma.

Sei que tudo o que quero, eu consigo,
O que até hoje atingi foram cumes agudos,
E, entre gritos estridentes, surdos,
Docemente afundo o meu porto de abrigo.

A minha vida és Tu simplesmente,
Só que, esquecida e perdida Tu andas,
Abraço o Futuro por vezes sorridente.
Esperando...a carta escrita que Tu não mandas.


Miguel Gonçalves