quinta-feira, 22 de maio de 2008

Bakhar...II

II


Depois de um tremendo esforço muscular dos intrépidos marinheiros o território estava circunscrito. Uns bem proporcionados cem héctares servirão de Forte contra a possíveis invasores.
O dia passára sem grandes sobressaltos, apenas a fúria de uma mãe Javali que serviu de jantar, assustou a minoritária população.
O jantar decorreu de forma pacata, entre goles de vinho e nacos de carne acompanhados de pão, servidos diante uma enorme fogueira; histórias de circum-navegação foram contadas com grande entusiasmo, perante uma audiência atenta e alegre por estarem vivos para as ouvirem...
Depois de satisfeitos; pachorrentos lá iniciaram a custo as místicas danças tribais que afugentaram uns e deleitaram outros.
A noite ia já alta quando o eleito Capitão por unanimidade deu a ordem de recolher.
A fogueira adormecia coberta pelo céu estrelado, equanto os sons nocturnos da selva tropical embalavam os Hidjha mais espertos.
Durante a madrugada, já quase ao raiar do dia, uns urros estridentes e horripilantes acordaram todos os colonos, que rapidamente acorreram às armas; o ruído era tão intenso que causava calafrios olhavam-se estupefactos, alarmados e ninguém conseguia decifrar que animal seria, imaginávam já monstros corníferos ou demónios infernais.
Escondidos num subterrâneo propositadamente construido para eventualidades deste tipo ou outras de maior envergadura assinadas pelas Mãe Natureza, lá permaneceram até se sentirem em segurança. Quase duas horas durarm aqueles berros petrificantes...
O Sol já se estendia, o calor começava a irradiar e o Capitão decidiu averiguar de onde provinham aqueles estranhos ruídos, seleccionou um pequeno grupo de homens e partiram.
O caminho pela montanha era tortuoso e cheio de gomos, o verde cobria-os; com catanadas desbravavam caminho. Em fila indiana o Capitão dirigia o pequeno contingente, a subida parecia evidente, devido ao facto de, quanto maior a altitude, melhor o som se propagava. O chefe dos Hidjha estava convicto que os urros provinham da montanha que dormia encostada a uma larga cascata bravia.
Subiram quase toda a montanha e estavam no pico da cascata só que do lado oposto, quando notaram um enorme buraco através da água transparente.
Será uma gruta!? – Pensaram.
O capitão escolheu o seu melhor marinheiro (Batigo) para ir averiguar.

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