Sinto-me um vagabundo no mundo,
Perdido nas malhas do sonho,
Absorto, quieto, mudo,
Vislumbro um futuro medonho…!
Sigo as pegadas da penúria,
Caminho sempre no breu
O meu estatuto é escória,
Não sei se tenho céu.
Amo os outros demais,
A esmola é a minha vida,
Durmo num velho e podre cais,
Sempre à margem da linha…
Já amei e já me amaram,
Já fui uma pessoa com alma!
Agora em liberdade me amarram,
E, quem eu amo não me salva.
A sombra é a minha parceira,
Olho, e ela lá está – pronta a ouvir,
Vivo bem no meio da Cegueira,
O meu rosto já não sabe sorrir!
Se uma rua é liberdade,
A liberdade mora em mim,
Utopia é a felicidade,
A tristeza é um sem fim.
Espero por quem não vem,
Por esses tempos de mudança…
Esperança já ninguém tem,
Onde estará a bonança...?
quinta-feira, 5 de junho de 2008
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