sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Ano Novo

Dois mil e um, dois mil e dois, dois mil e três, dois mil e etc...
Nestas datas de final de ano e principio de outro, tendemos a fazer um balanço do ano passado e listas mentais com promessas a cumprir no ano seguinte. Este ano alterei essa forma de agir, fiz um balanço de toda a vida, foquei-me nos pontos dolorosos e nos mais felizes e recordei outros que, não sendo bons nem maus, me trouxeram até esta data, desta forma. Haveria muitos aspectos ainda para recordar mas a minha memória não guardou todos em vinte e seis anos, nem tal seria possivel. No meio disto, dois anos se sobressaem, dois mil e quatro, provavelmente o ano mais feliz até agora, ano de maior conhecimento de terras e pessoas e principalmente de consolidação de amizades que permaneceram até hoje. E mesmo as amizades desse e doutros anos que se perderam foram importantes, assim como as paixões e mesmo os ódios e inimizades que, felizmente, não foram muitos. Outro ano importante foi o passado dois mil e oito, pelo bom e pelo mau, tornou-me mais forte, mais estável, mais seguro. Foi talvez o ano mais dificil que tive e, talvez por isso, o que mais me alterou. Chegado a dois mil e nove seria a altura de eu fazer as promessas e estabelecer metas a cumprir. A verdade é que este ano tomei a decisão séria de não fazer promessas a mim próprio e muito menos a outros. O que vier virá e eu cá estarei de pé à espera, de pé porque anos houve em que esperei sentado, e quando o futuro chega e estamos sentados, ele olha-nos de cima para baixo e reduz-nos, intimida-nos. Este ano estou em pé e vou olha-lo nos olhos.
Quem habitualmente lê os meus textos talvez fique surpreendido por este ser autobiográfico, talvez seja o primeiro e último porque não sou de partilhar emoções e sentimentos e quando o faço transmito-o através das minhas personagens.
O blog Rastilho Literário está cheio de emoções que tive ao longo do ano, camufladas algumas, outras mais à tona. Umas mais sinceras, outras falsas. Como disse que não iria fazer promessas, vou começar por cumprir essa já de si “promessa”, não vou dizer que o blog durará todo o ano e que cá estarei sempre a editar pequenos textos e poemas e bla, bla, bla. Hoje publico este, amanhã se verá.
Aos leitores e leitoras fica o desejo de um excelente ano.

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