sábado, 7 de fevereiro de 2009

Perplexa Negação

O Sol brilha e ofusca
Entre as negras e densas nuvens
Que ocultam a minha vida.

Sem querer penso que sou feliz!

Abraço o vento que me acaricia,
Respiro profundamente e, suspiro!

Procuro um foco de alegria,
E deixo que o meu Eu divague...

Sou um monge caminhante,
Um boémio diletante
Que se entrega ao prazer,
Que adora a Vida e viver!

Procuro um rumo certo,
O conforto da estabilidade;
Agora que encontrei,
Tudo me fugiu e desapareceu!
O Amor é um mar bravio,
Vem numa onda...
E logo se desfaz em reboliço,
Com a escassa água da maré.

Permaneço de pé!

Os pés enterrados no areal,
Sustenho-me entre o bem e o mal,
Que invadem o meu pensamento,
Aproveito o momento...

Agora penso no nada, e nada sou!

A felicidade é um horizonte distante,
Com que sonho a cada instante,
Que tarda
E teima em não vir.
Por vezes quero desistir,
Mas o meu espírito tenaz,
Não mo permite, e resiste.

Luto contra mim próprio,
Numa batalha que já perdi,
Que é o facto, de viver sem ti!
Só me resta chorar e lamentar,
Afundar-me na tristeza,
Que é ser teu,
E não te ter.
Mas, mesmo assim tento viver,
Construir uma vaga vida,
Equanto espero pela aprovação,
Visto que tudo em mim é um Não!

M. G.

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