sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Servo

Nestas folhas ençaimadas
com as canetas esgazeadas
Escrevo, Escrevo, Escrevo!
Serei eu um servo?

Escrevo quando me apetece
e quando a alma tece.
Escrevo quando quero
e quando desespero.

Escrevo a vida que tenho
e a que desdenho.
Invento, minto, engano.
Qualquer dia estou insano.

É uma loucura furiosa,
e por certo tinhosa,
esta furia louca
que registo na folha mouca.

Serei eu um servo?
À vida que escrevo
estou acorrentado decerto!
Todavia gosto e não protesto.

Sem comentários: